sábado, 4 de dezembro de 2010

De uma Noite


O meu olhar ainda confessa
A ternura que deixas em mim
Quando me ofereces as tuas mãos
E fazes meu, o teu destino
Conduzes-me as paisagens
Que meus passos tanto anseiam
Devolves aos meus abraços
O aconchego dos teus braços
Acolhendo minhas longas esperas
No tempo em que ausente de ti
Apenas fui silêncio e solidão
É que quando vens assim
Deitas o perfume da tua entrega
No horizonte da minha saudade
Teu olhar despe-me em carícias
E meu corpo te sorri consentido
Sussurrando-te afagos e doçuras
É na nudez dos teus olhares
Que se revela a intimidade
De todos os meus desejos
O olhar perdido na distância
Ainda procura a tua voz
Entregue a carícia das tuas palavras
No veludo do silêncio da madrugada
Ouço a melodia da tua falta
E recosto o rosto a solidão do lembrar-te
Há suavidade em cada momento
Na delicadeza da construção do afeto
Na decisão inabalável de ser feliz
Agora que te foste
Deixaste em meus lábios
A saudade que ainda eterna
Uma vez mais te beija...

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