Viver é uma caminha e tanto, não há essa colher de chá

de se poder selecionar onde descer. É preciso passar

por tudo: pelo desânimo, pela desesperança, pela sensação

de fracasso e fraqueza, até se consiga chegar a uma praça

arborizada onde se iniciam outras dezenas de ruas, outras 

tantas passagens, e seguimos caminhando, seguimos caminhando.

Pois só o que nos leva para o dia seguinte 

é essa esperança de que a vida não é tão

seca como parece. Que um pequeno momento, 

de pura magia, pode nos comover. que ainda é

possível acreditar que uma emoção inesperada

pode resgatar nossa fé: nem tudo está dominado...

Mas o que vai te fazer falta mesmo,

o que vai doer bem fundo, é a saudade

dos momentos simples: da sua mãe te 

chamando pra acordar, do seu pai te

levando pela mão, dos desenhos animados

com seu irmão, do caminho pra casa com

os amigos e a diversão natural...

Todo o resto é o que nos assombra: 

as escolhas não feitas, os beijos não

dados, as decisões não tomadas, os

mandamentos que não obedecemos,

bem demais - A TROCO DE QUE FOMOS

TÃO BONZINHOS?

Independência nada mais é do que ter poder de escolha.

Conceder-se a liberdade de ir e vir, atendendo suas 

necessidades e vontades próprias, mas sem dispensar 

a magia de se viver um grande amor. Independência não

é sinônimo de solidão. É sinônimo de honestidade: estou

onde quero, com quem quero, porque quero.

Tem hora que é imprescindível chutar o balde.

Tem hora que é fundamental deixar a verdade

nua e crua vir à tona. E você passa a achar que 

não tem vocação pra ver legal o tempo inteiro.

E é verdae. Ninguém tem. É cansativo. 

Desgastante. Já somos lagais à beça por tentar.

Tem gente que nem isso.

Morremos um pouco todos os dias

e todos os dias devemos procurar

um final bonito antes de partir.

Leve com você apenas o que combina

e cabe na sua nova etapa da vida. 

O que sobrar, ou melhor ainda: doe.

Quem é que, possuindo mais de dois neurônios,

não se aflinge com suas escolhas, não se pergunta

duzentas vezes se é realmente feliz, não tem vontade

de entregar os pontos por puro cansaço?

E do que precisamos?

Anote ai, é pouca coisa:

silêncio, arte e amor.

Achar é o mais longe que podemos 

ir nesse universo repleto de segredos,

sussurros, incompreensões, traumas,

sombras, urgências, saudades, 

desordens emocionais, sentimentos

velados, todas essas abstrações que

não podemos tocar, pegar, nem 

compreender com exatidão. "Mas

nos conforta achar que sabemos."

Ser feliz não é muito fácil,

basta não ficar obcecado

com esse assunto e tratar de viver.

Quem pensa demais, não vive.

Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos,

em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo

que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo

aqueles que percebem nossas descrenças, indecisões,

suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco

da sua energia conosco, insistindo.

Naquela noite eu não dormi direito,

mas acordei disposta a me enfrentar.

 Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias

que ficaram mais compridos, não saber como encontrar 

tarefas que lhe cessem o pensamento, nã saber como

frear as lágrimas diante de uma música, nã saber como

vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

O único silêncio que pertuba, é aquele que fala.

E fala alto.

É quando nínguém bate à nossa porta,

não há e-mails na caixa de entrada,

não há recados na secretária eletrônica

e mesmo assim, você entende a mensagem.

* By Ruberval Cunha

Acredito em saudade, 

sei o quanto uma ausência pode doer,

provocar contração muscular e até náusea.

Apenas seguir em frente.

Primeiro, porque nenhum 

amor dever ser mendigado.

Segundo, porque todo

amor deve ser recíproco.

...não perco a fé por constatar o óbvio:

tudo é provisório, inclusive nós.

Lembre-se do que sua bisavó dizia:
regue as plantas, regue suas relações,
regue seu futuro, porque sem cuidar,
nada floresce.