sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Longe de ti


Longe de ti, se escuto, porventura,

Teu nome, que uma boca indiferente

Entre outros nomes de mulher murmura,

Sobe-me o pranto aos olhos, de repente...

Tal aquele, que, mísero, a tortura

Sofre de amargo exílio, e tristemente

A linguagem natal, maviosa e pura,

Ouve falada por estranha gente...

Porque teu nome é para mim o nome

De uma pátria distante e idolatrada,

Cuja saudade ardente me consome:

E ouvi-lo é ver a eterna primavera

E a eterna luz da terra abençoada,

Onde, entre flores, teu amor me espera.

Nenhum comentário: