
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar, esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram.
Sua boca está me seduzindo
Seus olhos estão me aliciando
Já que você está permitindo
De chegar
e olhar que estou olhando
Sei lá...
É tão bom sentir assim
Seu olhar molhado em mim
Meu olhar molhando o teu também.
Sei lá...
Essa tal de sedução
É a razão dizendo não
E a paixão dizendo sim
Eu deixar
Um beijo meu na tua boca
E ouvir bem rouca
A sua voz
Dizendo vem...
Vou te abraçar te seduzir
E ao mesmo tempo ser
Tua dona e tua refém.
Não fale nada, sinta meu calor te chamando
A um beijo gostoso...
Sinta meu desejo queimando na ponta do lábios,
Incediando nossa vida.
Sinta a maciez da minha pele,
como um cetim que te toca.
Sinta a minha vontade,
Na ponta da minha língua
te chamando!
Observe a minha procura
fique inerte observando!
Depois me agarre com muita força...
Pronto!
Já estamos nos beijando!
Teu beijo concentra
todos os meus desejos e anseios,
reúne todas sensações do meu
sentido. E eu sinto necessidade
de estar rente aos teus lábios
todos os minutos ociosos, para
dividir esta maravilha que é o amor.
Em teu beijo existe o ar que respiro,
alimento que sacia minha alma...
Teu beijo carrega a mais bela
orquestra e ouço o cantar dos pássaros,
a brisa mansa soprando leve...
a minha necessidade, teus lábios
tange doce canção de amor...
Era saudade, sim, eu pude dar nome quando tocou o meu instante com mãos de surpresa e me convidou pra sentir. Eu deixei que crescesse, que expandisse seus ramos, que florisse com calma, sem tentar adiá-la ou entretê-la, essas coisas que às vezes a gente tenta fazer com saudade que machuca, e vez ou outra até consegue. Mas aquela, eu pressenti pela melodia do perfume que emanava, aquela não tinha a mínima intenção de ferir. Aquela não saberia, ainda que tentasse. Aquela, eu sei, não tentaria.
Não era daquelas saudades que fazem a musculatura da vida ficar toda contraída de dor. Daquelas que amordaçam as flores e espantam as borboletas. Daquelas que engasgam o canto e fazem as asas encolherem. Daquelas traiçoeiras que, na primeira oportunidade, quebram as pontas dos nossos lápis de cor. Daquelas que escondem os brinquedos da gente nas prateleiras mais altas e, por via das dúvidas, encurtam os braços do nosso contentamento. Daquelas que inflam nuvens que depois inundam tudo de carência e de tristeza. Não, aquela não.
Aquela era uma saudade feita de um punhado de sorrisos viçosos floridos no jardim da memória. Era pássaro que cantava macio na árvore mais frondosa da minha gratidão. Era mar que estendia ondas suaves de ternura por toda a orla dos meus olhos. Aquela era dessas saudades que toda vez que dizem acendem um mundaréu de estrelas no céu do coração. Era uma certeza de que a vida sempre arruma maneiras para aproximar as almas irmãs, esses anjos vestidos de gente que tornam mais fácil e mais feliz a nossa temporada de aulas e recreios nesse mundo.
Aquela era dessas saudades bem-vindas que trazem também descanso e alegria na sua cesta de bênçãos. Era dessas saudades que derrubam cercas e desenham pontes. Era dessas saudades que desembrulham lembranças que deixam o instante da gente todo perfumado de Deus. Aquela era dessas saudades generosas que bordam sol no tecido da alma com os seus lindos fios de amor.
Quando sentires a saudade retroar
Fecha os teus olhos e verás o meu sorriso.
E ternamente te direi a sussurrar:
O nosso amor a cada instante está mais vivo!
Quem sabe ainda vibrará em teus ouvidos
Uma voz macia a recitar muitos poemas...
E a te expressar que este amor em nós ungindo
Suportará toda distância sem problemas...
Quiçá, teus lábios sentirão um beijo leve
Como uma pluma a flutuar por sobre a neve,
Como uma gota de orvalho indo ao chão.
Melhor assim
A gente já não se entendia muito bem
E a discussão já era coisa mais comum
E havia tanta indiferença em teu olhar
Melhor assim
Pra que fingir se você já não tem amor
Se os teus desejos já não me procuram mais
Se na verdade pra você eu já não sou ninguém
De coração, eu só queria que você fosse feliz
Que outra consiga te fazer o que eu não fiz
Que você tenha tudo aquilo, que sonhou
Mas vá embora
Antes que a dor machuque mais meu coração
Antes que eu morra me humilhando de paixão
E me ajoelhe te implorando pra ficar comigo
Não diz mais nada
A dor é minha, eu me aguento pode crer
Mesmo que eu tenha que chorar pra aprender
Como esquecer você
Mas vá embora
Antes que a dor machuque mais meu coração
Antes que eu morra me humilhando de paixão
E me ajoelhe te implorando pra ficar comigo
Não diz mais nada
A dor é minha, eu me aguento pode crer
Mesmo que eu tenha que chorar pra aprender
Como esquecer você
O que amamos está sempre longe de nós
e longe mesmo do que amamos - que não sabe
de onde vem, aonde vai nosso impulso de amor.
O que amamos está como a flor na semente,
entendido com medo e inquietude, talvez
só para em nossa morte estar durando sempre.
Como as ervas do chão, como as ondas do mar,
os acasos se vão cumprindo e vão cessando.
Mas, sem acaso, o amor límpido e exato jaz.
Não necessita nada o que em si tudo ordena:
cuja tristeza unicamente pode ser
o equívoco do tempo, os jogos da cegueira
com setas negras na escuridão.
Tento compor o nosso amor
Dentro da tua ausência
Toda a loucura, todo o martírio
De uma paixão imensa
Teu toca-discos, nosso retrato
Um tempo descuidado
Tudo pisado, tudo partido
Tudo no chão jogado
E em cada canto
Teu desencanto
Tua melancolia
Teu triste vulto desesperado
Ante o que eu te dizia
E logo o espanto e logo o insulto
O amor dilacerado
E logo o pranto ante a agonia
Do fato consumado
Silenciosa
Ficou a rosa
No chão despetalada
Que eu com meus dedos tentei a medo
Reconstruir do nada:
O teu perfume, teus doces pêlos
A tua pele amada
Tudo desfeito, tudo perdido
A rosa desfolhada
Como é doce e triste por vezes ouvir
Algum som antigo trazido à memória,
E ver, como em sonhos, algum rosto querido,
Trecho de paisagem, campo, rio ou vale,
Lembrança tão breve, triste e agradável,
Algo que recorde o tempo bom da infância.
Então em dor feliz as lágrimas brotam,
Esse choro subtil que na mente aguarda,
E tudo o já sentido - campo, rio e voz -
Toma outro alcance, na memória adornado,
E lento emerge em fantasiosa luz.
Mas, ai, eis que acordo p'los sonhos traído!
O que sinto e ouço apenas ilusão,
Porque o passado não pode regressar.
Estes campos não são os que eu conheci,
Os sons não são os que ouvi; tudo passou
E tudo o que é passado, ai, não volta mais.
Quando eu te encontrar
dentro dos teus olhos
quero olhar...
No profundo do teu ser
vou dizer sem nenhuma palavra falar,
que eu te amo tanto
que sempre contigo vou estar...
O silêncio vai gritar
toda saudade que vivi
por longe de ti ficar...
Só de me olhar vai sentir
o amor resplandecer
em nosso encontro,
nossas almas iluminar...
vai ser união sem fim
que o universo vai abençoar...