domingo, 30 de março de 2014


No meio das defesas todas, havia algo que 
não se defendia, não sabia como defender,
não conseguiria, ainda que tentasse. Havia
algo delicioso de se sentir que escorregava
de dentro da gente e se esparramava no
sorriso. Escapulia no olhar. Cantava no 
silêncio. Fazia florecer pés de sol no tempo
encantado em que estavamos juntos. 
Dispensava nomes e entendimetnos. Havia
algo que tinha um cheiro inconfundível de
alegria. De vida abraçada. De chuva quando
beija a aridez. De lua quando é cheia e o céu
diz estrelas. Um cheiro da paz risonha do
encontro que é bom.

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