quinta-feira, 22 de setembro de 2011


Não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita.
Não quem não feche os olhos ao beijar,
Não há quem não feche os olhos ao abraçar.
Fechamos os olhos para garantir a memória da memória.
É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima,
no avesso das pálpebras.
Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar
a barca ao calor do remo.
O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio.
Os cílios se mexem como pedais da memória.
Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível.

2 comentários:

Jeferson Cardoso disse...

Olá Sasa!
Carpinejar tem toda razão.
Tenha uma excelente quinta-feira.
Abraço do blogueiro navegante.

Quero lhe convidar para que leia ‘Lençóis movediços brancos de cetim’ no http://jefhcardoso.blogspot.com/

“Que a escrita me sirva como arma contra o silêncio em vida, pois terei a morte inteira para silenciar um dia” (Jefhcardoso)

Sasa disse...

Obrigada pela visita, Jeferson. Desejo o mesmo pra vc, abraços.