segunda-feira, 22 de abril de 2013


Tinha um jeito singular de fechar os olhos
quando experimentava emoção bonita, coisa 
de segundos e coisa imensa. Era como se os
olhos quisessem segurar a lindeza do instante
um bocadinho, o suficiente para levá-lo até o
lugar onde o seu sabor nunca mais poderia ser
perdido. Eu via, olhos do coração abertos, e
nunca mais perdi de vista o sabor desse detalhe.
Porque quem ama vê miudezas com olhar suficiente.


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