sexta-feira, 16 de julho de 2010
Não falaste porque não podias, nem uma palavra, um gesto, um sorriso. Eu percebia qualquer sinal, mas ficou o silêncio em forma de dor. Não choraste porque tinhas os olhos fechados, mas eu chorei por ti e ainda choro sempre que te lembro. A tua partida silenciosa, fez chorar a noite. Não eram lágrimas que se perdiam, haverão sempre lágrimas, mas eu ganhei uma dor que não fiz por merecer. Às vezes chamo por ti, mas apenas o silêncio me responde. Guardo dentro de mim a tua imagem, a memória daquilo que foste e de tudo o que aprendi contigo, sabes, sou hoje uma pessoa melhor e isso devo-o a ti. A revolta da tua partida ainda mora dentro de mim, como os dias são dias e as noites são noites. Senti que te roubaram à vida num gesto brusco e cruel... nem sequer te pude olhar nos olhos e dizer-te adeus. Esse adeus perdura, vive, como a tua ausência, sentida e que ainda me custa aceitar. Estejas onde estiveres sei que olhas por mim... e eu guardar-te-ei sempre, sabes, existe um cantinho no meu coração que é só teu, eternamente teu.
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