sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014


Para fluir comigo, a vida pedia que eu
soltasse o medo e me entregasse. Que 
disse sim. Que acreditasse nela. Eu não 
sabia como fazer, mais sentia, entre as
contrações, que ela estava fazendo por
mim, através de cada experiência que
eu atraía para o meu caminho. Naquele 
dia, grande, acordei com a sensação de
que o tempo era outra coisa. De que a 
vida era outra coisa. E eu também.

O que nos falta...
não é necessariamente
o que não temos, mas 
sim o que esperamos de outrem.


Todavia, quando tudo parece convergir 
para o que supomos o nada, eis que a
vida ressurge triunfante e bela! Novas
folhas, novas flores, na infinita bênção
do recomeço!

Quero seu abraço, esse laço feito nó
que não desata, feito laço manufaturado
por nós, para durar a vida toda.

Sobretudo, tenho certeza de que Deus está 
nos detalhes e as coisas coisas simples são
as melhores. Taí uma dessas velhas e surradas
sabedorias que a gente teima em esquecer.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014


Sei acompanhar a correria dos dias,
mas hoje, o barulho tá pedindo silêncio.
Quero ficar quieta, serena, ouvir o que 
a chuva tem pra contar!

Que a graça do dia seja entrega ao instante.
Que a verdade das horas seja cúmplice.
Que a leveza de ser, seja um querer de ternuras.
Que a bênção conserve com todos.
Que o dia seja alegria bonita.

Que a força do bem nos proteja, nos guie e,
sobretudo, mantenha intacta a nossa capacidade
de acreditar no próximo e se encantar com tudo
aquilo que ainda pode florescer diante de nós.

Os pequenos prazeres da vida. Barulho de chuva caindo,
comida caseira gostosa, abraço de reencontro, tirar os 
sapatos após longa caminhada, sentir o vento alinhar seu
pensamento. Ouvir uma música que nos decifra, achar 
dinheiro no bolso, andar avulso sem medo algum. Sorrir 
sem motivo, chorar também. Perceber que o pouco é o
que nos redime. São grãos diários que nos dizem quem 
somos antes que o tempo confirme.